terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Evidências e Argumentações sobre: " Compreensão dos processos de ensinar e de aprender"

A aprendizagem não ocorre apenas na escola, uma vez que todos nós estamos constantemente em processo de aprendizagem, ou seja, todo o conhecimento que uma determinada pessoa tem à respeito do mundo foi agregado ao longo do tempo. Segundo Tardif, os saberes dos professores são adquiridos, mobilizados e modelados à medida que o professor cumpre suas funções. Sendo assim, isso também acontece com todos os saberes de um modo geral, isto é, quando temos a possibilidade de interagirmos com diferentes pontos de vistas temos a opção de remodelarmos o saber que tínhamos à respeito de algo. Por exemplo, eu tinha um vago conhecimento sobre o Islamismo. Sabia que era uma religião de regiões do Oriente Médio. No entanto, ao ler um livro sobre o Islã, compreendi as diferenças e semelhanças entre judeus, cristãos e muçulmanos. Também entendi que dentro do Islamismo há algumas subdivisões dentre as quais estão os terroristas, ou seja, apenas um pequeno grupo é extremista. Sendo assim, depois de ter feito generalizações equivocadas à respeito desse assunto o conhecimento vago que eu tinha foi remodelado através do conhecimento de outros pontos de vista que me foram apresentados através da leitura. Dessa forma, entendo que o aluno aprende com o mundo que o cerca, com as realidades com as quais convive.

Já a aprendizagem é um processo bastante delicado, pois quando o professor “ensina” nem sempre ocorre aprendizagem. Para que esta ocorra deve haver um conjunto de fatores em sintonia, ou seja, é preciso que o aluno esteja pré‑disposto. Além disso, também é preciso que o professor seja suficientemente convincente para atrair a atenção do aluno e convencê-lo da importância daquilo que está sendo mostrado. Ao me referir a pré-disposição, quero dizer que ela também faz parte do processo de preparar o aluno para o assunto que será trabalhado. Um exemplo disso foram as aulas de Artes Visuais, isto é, por trás de uma visita a uma exposição de Artes há toda uma proposta com objetivos pré-estabelecidos e esclarecimentos sobre o assunto, os quais nos instigaram a curiosidade.
Outro exemplo disso é a turma de 1º ano do Ensino Médio na qual eu trabalho com a disciplina de Matemática. Os alunos dessas turmas, em geral estão em uma fase transitória, pois a grande maioria possui em média 14 e 15 anos de idade. É um período em que estão em constante afirmação diante do grupo de amigos com os quais convivem. Sendo assim, os interesses são os mais variados. Então, como atrair a atenção desses alunos para falar de cálculo de Porcentagem? Recortei inúmeras propagandas de jornais que vendem os produtos que eles mais têm interesse como: tocador de MP3, celular, DVD’s, enfim. Com isso fizemos o cálculo do percentual agregado ao produto nas vendas a prazo. O trabalho foi muito interessante. Dessa forma argumentei sobre as vantagens de se efetuar compras à vista, evitando o pagamento de juros. À medida que fazíamos os cálculos foram surgindo alguns questionamentos: - Professora, e se eu não tiver o dinheiro para fazer a compra à vista? – Nem dá tanta diferença de preço na compra a prazo! – E se eu não puder esperar até economizar o dinheiro suficiente para fazer a compra à vista? Portanto, meu objetivo foi atingido, trabalhar o cálculo de porcentagem, fazendo-os pensar sobre algo presente no dia-a-dia. Em minha opinião, isto é Aprendizagem, apresentar o assunto e gerar questionamentos que os levem a conclusões. Tudo isso aconteceu por constatações que fiz ao longo de três anos observando o desempenho dessas turmas, ou seja, os resultados ao final de cada semestre sempre eram os mesmos: déficit de aprendizagem, evasão e péssimo desempenho. Sendo assim, insatisfeita com esta situação busquei conversar com outros colegas de trabalho tentando achar uma solução para esses problemas. Fiz algumas tentativas de proporcionar melhorias nesses aspectos, mas existem outros tantos fatores, os quais não foram mencionados, que devem ser levados em conta.

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Postado por RENATO AVELLAR DE ALBUQUERQUE em 04/12/2007 01:58
Viviane, Achei genial sua proposta de trabalhar porcentagem em cima de recortes de jornal, por acaso estava pensando nisso hoje, quando estive numa loja e fiquei reparando as pessoas que estavam pagando no cartão de crédito. Fiquei pensando que as pessoas não são formadas para esta nova tendência do uso do crédito, que vem se expandindo muito, e trabalhar essas necessidades reais junto com os conteúdos de disciplinas como matemática é um dos grandes desafios de hoje. Quando disse que o professor deve “atrair” a atenção do aluno, fiquei pensando que o professor deve saber seduzir os alunos, claro que não no sentido usual do termo “seduzir”, mas no sentido de criar um clima propício para abordar o conhecimento e convencer de que tal a busca por tal conhecimento produz uma satisfação. Por isso fica a pergunta: o que é mais importante na função do professor, saber passar um conhecimento ou seduzir o aluno para buscar o conhecimento? Parabéns!

domingo, 25 de novembro de 2007

ATIVIDADE 4

Evidências e Argumentações -

Concordo com o autor no que diz respeito aos traços de personalidade que o profissional deixa naquilo que faz. Sendo assim, devo dizer o quanto o exemplo é importante em nossas ações como educadores. Além disso, se eu fosse uma pessoa frustrada, desanimada e sem autoconfiança, tudo isso seria detectado nas minhas ações em sala de aula. Quanto aos saberes que utilizo profissionalmente, eles foram construídos ao longo da minha prática, ou seja, acertando e errando em determinadas situações foi que agreguei alguns conhecimentos, os quais constituem uma base sólida na minha profissão.
Em relação à pluralidade dos saberes profissionais, devo destacar o meu exemplo, pois eu trabalhei alguns anos com educação infantil, em seguida cursei uma faculdade de licenciatura em Física e hoje voltei a trabalhar com crianças, o que me fez retornar aos estudos relacionados à Educação. Sendo assim, o que aprendi durante toda essa trajetória é bem diferente da trajetória das minhas demais colegas e assim sucessivamente.
Quando o autor se refere ao tempo e identidade profissional, comenta que a trajetória social e profissional dos professores provocam custos existenciais (formação profissional, inserção na profissão, choque com a realidade, aprendizagem na prática, descoberta de seus limites, negociação com os outros etc.) os quais são encarados através de seus recursos pessoais. Realmente existem custos existenciais nessa trajetória, eu, por exemplo, estou passando por esses custos, visto que a maioria das pessoas me perguntam o porque de eu estar fazendo uma outra faculdade na área da educação, pois isso não dá dinheiro. Então me pergunto o que é mais importante em uma profissão? O dinheiro ou a realização pessoal? Minha conclusão foi que eu prefiro seguir a minha realização pessoal, fazendo aquilo que gosto com satisfação.

WEBFÓLIO - comentários
Postado por RENATO AVELLAR DE ALBUQUERQUE em 04/12/2007 01:58
Viviane, Primeiro gostaria dar meus parabéns pelo trabalho, está excelente. Segundo, gostaria de dizer que concordo com seu posicionamento, acredito que a realização pessoal é mais importante do que o dinheiro, o que contraria toda a cultura ideológica que vivemos hoje, onde tudo se transforma em mercadoria que pode ser consumido por aqueles que possuem dinheiro. O que você observa no texto é algo interessante, a questão do “valor” que se agrega ao trabalho do professor ao longo do tempo, que tem sua origem nas experiências de vida. Mas esse valor está muito ligado à capacidade do indivíduo refletir sobre sua prática, o que faz das experiências fonte de novos saberes, ao invés de pura repetição de ações.

sábado, 17 de novembro de 2007

FÓRUM

Unidade de Estudo 2: Aprendizagens, Dúvidas e Trocas
10/09/2007 23:44:35


Lilian Schwab Gelatti
Caras(os) Alunas(os):Esse tópico do fórum consiste em mais um canal (opcional) de comunicação disponível para que você, caso deseje, possa interagir com os seus colegas, tutores e professora; trocar idéias; compartilhar experiências, aprendizagens e expor seus questionamentos e dúvidas sobre as propostas das atividades da Unidade de Estudo 2. Participem!Prof. Lilian


17/09/2007 00:25:10
VIVIANE MAUS

Na minha opinião as duas coisas, mas principalmente a perda do foco é algo muito relevante na situação atual.Vivi

FÓRUM

Unidade de Estudo 5: Aprendizagens, Dúvidas e Trocas
25/10/2007 20:15:27


Lilian Schwab Gelatti
Queridas(os) Alunas(os):Esse tópico do fórum consiste em mais um canal (opcional) de comunicação disponível para que você, caso deseje, possa interagir com os seus colegas, tutores e professora; trocar idéias; compartilhar experiências, aprendizagens e expor seus questionamentos e dúvidas sobre as propostas das atividades da Unidade de Estudo 5. Boas interações!Prof. Lilian


08/11/2007 13:06:44
VIVIANE MAUS

Olá prof. Lilian!Eu estou um tanto atrasada com as minhas atividades, mas estou retomando tudo o que posso. Gostaria de saber se estes filmes eu posso conseguí-los em locadoras?abraço,Viviane Maus

08/11/2007 13:08:31
VIVIANE MAUS

Oi Dania!Aqui é a Viviane, a colega que volta junto para POA. Qual dos filmes tu conseguiste em locadora? E qual locadora? Alguma ali do Bom-Fim?Abraço da Vivi

08/11/2007 18:40:12
RENATO AVELLAR DE ALBUQUERQUE

Viviane, eu não sei no Bom Fim, mas na Cidade Baixa tem tem uma locadora muito boa chamada Cia do Vídeo, fica no início da Lima e Silva, quase esquina com a Perimetral.

ATIVIDADE 2

NOME COMPLETO DO(A) ALUNO(A): Viviane Maus
DATA DA POSTAGEM: 16 / 09 / 2007
UNIDADE DE ESTUDO: Aprendizagens, Dúvidas e Trocas
ATIVIDADE: 2



APRENDIZAGENS, DÚVIDAS E TROCAS

De acordo com as leituras dos textos e reflexão vou colocar algumas das situações por mim vivenciadas ao longo desses últimos meses.
Como trabalho com duas turmas do Ensino Fundamental, venho percebendo o crescimento da “violência” entre os alunos. Ao me referir à violência reporto-me ao fato de que atualmente tenho uma dificuldade enorme em dar aula nessas turmas, visto que os alunos passam a metade do tempo ofendendo-se mutuamente. O clima está ficando muito ruim. Minha insatisfação me fez refletir sobre a nossa realidade, sobre as condições em que todos nós, alunos e professores estamos inseridos. Diante dessa reflexão fui percebendo aos poucos o porquê dessa situação. Na semana passada eu propus, em uma aula de Ciências, que os alunos trouxessem um pedacinho de vela e álcool líquido para a execução de um experimento. Tal experimento tinha como objetivo analisar a diferença de densidade entre a parafina(presente na vela), o álcool e a água. Para isso foi preciso utilizar as canecas de plástico da escola, pois cada grupo ao executar o experimento em seguida teria que fazer um relatório com suas conclusões à respeito. No entanto, fui chamada pela diretora na sala da supervisão, pois eu não poderia ter feito uso das canecas de plástico da escola. Percebi que a funcionária que trabalha na cozinha da escola havia feito reclamações a meu respeito porque costumo utilizar alguns utensílios de cozinha nos meus experimentos. Sendo assim, isso acaba “dando muito trabalho às funcionárias” no processo de limpeza das canecas que foram sujas com água e álcool. Enfim, a diretora também ressaltou que a escola não forneceria álcool aos alunos que não o trouxeram, pois é um material muito caro. Detalhe, as crianças que freqüentam a escola, em sua grande maioria, não possuem uma condição econômica favorável.
Fiquei bastante triste e desanimada com tudo isso que acontece nessa escola. O recreio é supervisionado por professoras do Currículo, as quais vivem reclamando da “indisciplina” dos alunos durante o intervalo. A diretora da escola não sabe dialogar, impõe-se com gritos e está sempre tentando intimidá-los com ameaças de perda do recreio, educação física, merenda, enfim. Por outro lado, diante dessa análise, me senti desafiada e percebi que é preciso que alguma coisa seja feita urgentemente, independentemente do apoio da direção e supervisão. Então, no final da semana passada, após minha frustrante aula de Ciências, preparei uma estratégia de mudança no recreio e no dia-a-dia das minhas turmas. Na primeira semana vou observar o recreio da escola. Em seguida, vou propor uma espécie de diário no qual, eles irão registrar o que fizeram ao longo da semana, na escola e em casa, assim poderei ter uma vaga idéia dos interesses de cada um. Vou propor uma discussão e reflexão sobre nossas atitudes em sala de aula partindo da letra de uma música que faz uma crítica à violência. Segundo Sartori, é necessário, primeiramente uma conscientização, para promovermos a mudança. Anotaremos quais atitudes podem ser mudadas por nós. Por fim, vamos organizar grupos que irão se responsabilizar pelo andamento do recreio, trazendo propostas como: música, esporte, enfim, alguns dos interesses que eles irão propor. Ainda não sei qual será o resultado dessa minha iniciativa, mas a única certeza que eu tenho é que eu vou tentar.
Portanto, o texto de Sartori veio a calhar, ou seja, veio de encontro justamente com aquilo que eu havia planejado nesse desafio imposto a mim pela realidade que enfrento nesse contexto escolar. Segundo ele, “no momento em que o homem integra-se ao seu contexto, compromete-se e constrói a si mesmo”.
Lembrei-me de outra situação que estou enfrentando na escola de Ensino Médio onde trabalho. Segundo Giroux, “quando os professores de fato entram no debate é para serem objeto de reformas educacionais que os reduzem ao status de técnicos de alto nível cumprindo ditames e objetivos decididos por especialistas um tanto afastados da realidade cotidiana da vida em sala de aula. A mensagem parece ser que os professores não contam quando trata-se de examinar criticamente a natureza e processo de reforma educacional”. Sendo assim, essa parte do texto vem de encontro justamente com a seguinte situação, nessa outra escola em que trabalho, o currículo escolar será alterado devido a uma determinação da Secretaria de Educação que nos obriga a incluir a disciplina de Ensino Religioso no currículo do Ensino Médio. Várias vezes me pergunto quais são as reais intenções em nos OBRIGAR a incluir essa disciplina no currículo dos alunos. Dessa situação que ocorreu e está ocorrendo em nossa escola, gostei da maneira "democrática" como tudo foi resolvido. Primeiramente a supervisão da escola nos fez pensar que podíamos decidir o rumo a ser tomado, ou seja, o que era mais viável a nossa realidade escolar. No entanto, "milagrosamente", em uma reunião, nos foi entregue um papel com as decisões que foram tomadas pela supervisão. Enfim, fizeram uma espécie de teatro para que pensássemos que tínhamos algum poder de decisão, mas nós mal sabíamos que estávamos fazendo papel de palhaços. Lembrei-me da parte do texto de Giroux que diz o seguinte, “ quando os professores de fato entram no debate é para serem objeto...” e ainda mais, “a tendência de reduzir os professores ao status de técnicos especializados dentro da burocracia escolar, cuja função, então, torna-se administrar e implementar programas curriculares, mais do que desenvolver ou apropriar-se criticamente de currículos que satisfaçam objetivos pedagógicos específicos”. Esse é mais um exemplo da política suja existente no nosso país pseudodemocrático. Um país de um povo sofrido que sustenta um senador que custa, em média, 30bilhões de reais por ano.
Com isso tudo, tivemos que reduzir a carga horária das seguintes disciplinas: Matemática, Física, Biologia e Química. Então, primeiramente, antes de modificarmos os currículos da nossa disciplina (Matemática), eu solicitei que os demais professores, das outras áreas, nos fizessem uma lista dos pré-requisitos de Matemática que eles necessitam em seus conteúdos. Por exemplo: a disciplina de Biologia necessita dos conteúdos de Probabilidade para ensinar sobre Genética, a Química necessita do conteúdo sobre Logaritmo para trabalhar Concentração de PH, enfim. Depois disso, nos encontraremos para discutirmos o que é realmente importante no aprendizado do aluno. Não sei se estou agindo corretamente, mas por enquanto essas foram as idéias que eu tive para solucionarmos esse problema.
Portanto, mudanças são necessárias e urgentes no contexto atual da educação brasileira. Percebo como é difícil lutar contra a inércia de toda uma cultura educacional arcaica e falida. Cultura essa que nos impõe desafios cada vez maiores na tentativa de promovermos mudanças, como diria Paulo Freire, “uma nova educação, que produza a conscientização para a prática da liberdade, ou seja, para a emancipação do ser humano”.
WEBFÓLIO - Comentários:

Postado por RENATO AVELLAR DE ALBUQUERQUE em 28/09/2007 03:33
Viviane, Achei sua atividade excelente, você fez uma reflexão sobre os textos, ilustrou suas práticas pedagógicas e as relações dos educadores com a educação em sua escola, fazendo um paralelo disso com o texto do Giroux. Foi atividade ótima neste sentido. Contudo, não compreendi porque existem partes nesse trabalho exatamente iguais ao primeiro trabalho, como seu penúltimo capítulo, por exemplo. Foi fantástica sua idéia de “propor uma espécie de diário no qual, eles irão registrar o que fizeram ao longo da semana, na escola e em casa, assim poderei ter uma vaga idéia dos interesses de cada um.”. Esta estratégia possui várias qualidades pedagógicas, o desenvolvimento da escrita, trabalho de registro de memória (podendo trabalhar história), uma avaliação da realidade onde moram e o tipo de relação que desenvolve com o lugar, seus interesses específicos e de grupo, além de uma forma de verbalizar seus sentimentos, o que pode explicitar coisas que os alunos não conseguem externalizar e que ficam sufocadas. Talvez essa idéia do diário possa render muito mais do que conseguimos pensar agora. Não deixe de retornar os resultados derivados destas atividades com os alunos nos próximos trabalhos, esses exercícios servem mesmo para isso, pensar teoria, aplicar na prática, retornar na teoria e fazer uma prática melhor.
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ATIVIDADE 1

NOME COMPLETO DO(A) ALUNO(A): Viviane Maus
DATA DA POSTAGEM: 16 / 09 / 2007
UNIDADE DE ESTUDO: Aprendizagens, Dúvidas e Trocas
ATIVIDADE: 1


O QUE ENTENDO POR CURRÍCULO, DIDÁTICA E POR PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA?

De acordo com os referenciais que eu tenho ao meu alcance, no momento, vou tentar escrever sobre o meu entendimento a respeito de tais assuntos, fazendo algumas suposições sobre o projeto político pedagógico de uma escola, uma vez que eu ainda não tenho um esclarecimento substancial, especificamente sobre esse assunto.

Currículo-
O Currículo de uma escola supõe os assuntos que devem ser tratados ao longo do ano letivo nas mais diversas faixas etárias, ou seja, cada faixa etária possui um “currículo adequado”.
Comentário: Ao me referir a “currículo adequado”, muitas vezes me perguntei sobre quais critérios foram levados em conta na elaboração do currículo vigente nas nossas escolas de hoje?
Em uma reunião pedagógica de uma das escolas onde trabalho foi levantado a seguinte questão: - Que alunos queremos formar hoje? Suponho que essa mesma pergunta foi feita de forma diferente há alguns anos atrás. Como os interesses eram outros, os currículos das escolas foram elaborados para atender aos interesses de uma pequena parcela privilegiada da sociedade brasileira em décadas atrás. No entanto, como a realidade de hoje nos exige habilidades tão diferenciadas, não é coerente permanecermos com um currículo de décadas. Esse currículo arcaico não dá mais conta da Era da Informação. Portanto, é necessário e urgente que façamos essa reflexão.

Vivência-
Quanto ao currículo escolar, em uma das escolas onde trabalho, o currículo escolar será alterado devido a uma determinação da Secretaria de Educação que nos obriga a incluir a disciplina de Ensino Religioso no currículo do Ensino Médio. Várias vezes me pergunto quais são as reais intenções em nos OBRIGAR a incluir essa disciplina no currículo dos alunos? Com isso, tivemos que reduzir a carga horária das seguintes disciplinas: Matemática, Física, Biologia e Química. Então, primeiramente, antes de modificarmos os currículos da nossa disciplina (Matemática), eu solicitei que os demais professores, das outras áreas, nos fizessem uma lista dos pré-requisitos de Matemática que eles necessitam em seus conteúdos. Por exemplo: a disciplina de Biologia necessita dos conteúdos de Probabilidade para ensinar sobre Genética, a Química necessita do conteúdo sobre Logaritmo para trabalhar Concentração de PH, enfim. Depois disso, nos encontraremos para discutirmos o que é realmente importante no aprendizado do aluno. Não sei se estou agindo corretamente, mas por enquanto essas foram as idéias que eu tive para solucionarmos esse problema.

Didática-
Didática consiste em uma maneira interessante, envolvente e abrangente de ensinar. Ocupa-se, basicamente, dos métodos e técnicas de ensino destinados a colocar em prática teorias pedagógicas.
Segundo Comenius, considerado o pai da Didática Moderna, “A didática é, ao mesmo tempo, processo e tratado: é tanto o ato de ensinar quanto a arte de ensinar”.

Projeto Político Pedagógico-
O projeto político-pedagógico é o fruto da interação entre os objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade, que estabelece, através da reflexão, as ações necessárias à construção de uma nova realidade. É, antes de tudo, um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo: professores, equipe técnica, alunos, seus pais e a comunidade como um todo.

Vivência-
Em relação às experiências em projeto(político) pedagógico, eu não tenho nenhuma, pois na época em que eu fiz Magistério, não se falava nessa questão. Inclusive alguns meses atrás eu precisava elaborar um Projeto (político) pedagógico para a Escola de Educação Infantil da minha mãe. No entanto, ela acabou pedindo para a Pedagoga da escola para dar conta disso, pois eu ainda não sei elaborar um.
De acordo com a definição de plano político pedagógico, eu compreendo o significado. No entanto, gostaria muito de saber mais à respeito. Como se constrói um projeto político pedagógico na íntegra? Também sei que não existem fórmulas prontas e receitas, afinal, cada caso é um caso. Mesmo assim creio que aprenderei muito com todos que possuem experiência nesse processo que considero de fundamental importância na construção do conhecimento.

Referências Bibliográficas-

  • Comenius. Wikipédia, a enciclopédia livre. acessado em 16/09/2007
  • José Luís Salmaso Professor do CEFET-SP. PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: UMA PERSPECTIVA DE IDENTIDADE NO EXERCÍCIO DA AUTONOMIA.

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Postado por RENATO AVELLAR DE ALBUQUERQUE em 24/09/2007 12:05
Obs- Se for postar nova atividade não apague esta, apenas acrescente ao título do arquivo V2.

Postado por RENATO AVELLAR DE ALBUQUERQUE em 24/09/2007 12:03
Portanto, respondendo a sua pergunta, vocês podem fazer uso das referências, mas é necessário fazer o uso correto delas. Sobre suas últimas colocações, caso tenha algo na proposta que não esteja claro pode se manifestar quando quiser. Gostaria apenas de lembrar que os comentários feitos por mim sobre as atividades têm em vista apenas o aperfeiçoamento de suas produções, e faz parte de qualquer processo de aprendizagem a aceitação de críticas. Lamento se meus comentários a atingiram de forma negativa, contudo não poderei, assim mesmo, deixar de fazer-lhe críticas sinceras como as que fiz. Veja que esse nosso diálogo acabou por possibilitar uma aprendizagem, e essa é a função dessa interação. Beijos!! Renato.

Postado por RENATO AVELLAR DE ALBUQUERQUE em 24/09/2007 12:03
Viviane, as referências não podem, jamais, serem utilizadas como fonte de citações literais, salvo quando identificadas enquanto citações literais, o que não foi o seu caso. Veja, talvez não esteja claro para você algumas considerações sobre o uso de referências. As referências são fontes com as quais se "dialogam" ou de onde se faz alguma citação. Contudo, existe uma linha que divide a CITAÇÃO do PLÁGIO. Esta fronteira é a forma acadêmica de citar, ou seja, se em algum texto a reprodução literal de uma passagem de outro autor não estiver identificada, isso constitui plágio. Por outro lado, a reprodução IDENTIFICADA constituição CITAÇÃO, que se enquadra enquanto referência. Para citar uma passagem ela deve estar entre aspas, ou em itálico, e logo em seguida deve estar expresso entre parêntese o nome do autor, local de publicação, data da publicação (data de consulta em caso de sites) e nome da obra.

Postado por VIVIANE MAUS em 23/09/2007 18:59
Caro Tutor! Com certeza encontraste no wikipédia algumas partes, até mesmo porque eu coloquei nas referências bibliográficas a fonte. Sendo assim, porque vcs colocaram referências bibliográficas se não podemos fazer uso delas? Entao, vou refazer a atividade sem o uso de referências, até mesmo porque eu "não entendi claramente a proposta". No entanto, ao utilizar citações entendo que devo mencionar a fonte na bibliografia. Não tenho costume de fazer cópias de trabalhos, pois seria muita ingenuidade da minha parte. Sendo assim, vcs também necessitam em suas propostas mais clareza quanto ao tipo de trabalho que querem. Desculpe pela minha "ignorância" ao não compreender as entrelinhas tão sutis de sua proposta. Viviane

Postado por RENATO AVELLAR DE ALBUQUERQUE em 20/09/2007 08:27
Viviane, Foi muito interessante ver que você trouxe sua experiência prática para a reflexão, isso é muito importante no PEAD, diria fundamental. Vou repetir o mesmo comentário que fiz a uma de suas colegas: Acredito que lhe tenha faltado atenção ao enunciado da atividade, pois nela está bem claro “a) Essa atividade solicita a construção pessoal de uma resposta à questão proposta. Sendo assim, não serão avaliadas produções que contenham cópias textuais de idéias de livros ou de outros referenciais teóricos;” e mesmo assim encontrei uma parte de sua definição de didática no site do wikipédia (http://pt.wikipedia.org/ wiki/Did%C3%A1tica). Lembre-se também que as atividades possuem a intenção de possibilitar o exercício reflexivo, algo que fica comprometido na busca por respostas prontas. Parte de sua atividade você já havia postado no fórum, acredito que minha resposta lá possa ser considerada como parte complementar a este comentário.